domingo, 2 de novembro de 2008

DO AMOR III

amor talvez seja vestígio. rua estreita que vai dar em lugar nenhum. quem sabe, amor seja destino. gramática imprecisa a inventar-nos memória. amor e mais nada? amor, acima de tudo? ontem, fomos sussuro. hoje, já não recordo o próximo grito. finda a noite e cá estou, esvaziando as pálpebras daquilo que não compreendo, matéria feita de sonhos. descobre-se o dia e lá estaremos, atados àquilo que fica, esta permanência muda a nos assombrar.