quarta-feira, 15 de julho de 2009

da morte I

por que chegas, se o que dizes ao partir é pouco? de ti nada quero porque não calas meus temores. há pouco perdi um amigo. houve lágrimas. atardecia e o sol relutava em fazer-se poente, como se soubesse que sentirás falta de estrelas cadentes. veja, fazia tempos que os irmãos não se abraçavam. você diria que a tristeza não une. apenas recoloca pedaços, cuidadosamente. já perto do adeus, um vazio circundado pela necessidade de crer em algo além da carne foi-nos empurrado goela abaixo. amargo. improvável. houve desespero. amanhecerá outra vez. aos que ficam.